top of page

Metamorfoses   constrói   diálogos   afetivos   entre   as experiências  da  autora  —  mulher  transexual,  autista,  ativista  e  produtora  de  conteúdo  sobre  autismo  —  com  postagens  públicas  de  autistas  transgêneros no Twitter. Afinal, a incongruência de gênero é 7.59  vezes  mais  comum  em  autistas  do  que na população em geral. Porém, as discussões sobre autismo são arraigadas a controvérsias sobre gênero, sexualidade e autonomia. Por meio de uma perspectiva afetiva de  pesquisa,  a  obra  discute  sobre  os  modelos  médico  e  social  da  deficiência  e  como  se  articulam  com  as  narrativas  sobre  neurodiversidade; reflete sobre como as narrativas que emergem das características da pessoa autista, como hiperfoco e disfunções sensoriais, conversam com as questões de gênero; e dialoga a experiência singular  de  Sophia  com  debates  mais  amplos  e  coletivos sobre autismo e transgeneridade. No que se refere a afetos desagradáveis, a abjeção opera uma dinâmica violenta em relação às pessoas trans. O abjeto não é apenas o que causa repugnância, mas,  principalmente,  aquele  que  se  encontra  em  espaço  fronteiriço   entre   lugares  de  pertencimento  e  desafia  a  construção  de  uma subjetividade fixa e única  (KRISTERA,  1982;  ALMEIDA, 2015). Portanto, é aquilo que deve ser repelido, rejeitado, mas também desestabiliza o sujeito, porque ele  não  pode se desligar daquilo que  provoca  a  abjeção  (KRISTERA, 1982).

METAMORFOSES - AUTISMO E DIVERSIDADE DE GÊNERO

R$59,90Preço
  • 978-65-5079-240-4

bottom of page