Escrito nos anos de 2020 e 2021, quando a Pandemia do Vírus Corona dominava a Terra. Tempos sombrios, de sofrimentos e isolamentos sociais e sanitários, que nos contagiaram mais que a própria doença e marcarão para sempre a História do Mundo. Numa época de quebra de barreiras físicas e culturais, em que fronteiras antigas deram lugar a uma nova ordem, dita globalização, onde a comunicação entre povos e nações ganharam contornos instantâneos, a Pandemia trouxe à tona um conceito que jamais poderemos negar: somos seres sociais, viajantes desde os primórdios, buscando novas relações. Gostamos de família e de lar, mas amamos aglomerar. Nesses tempos fizemos das mensagens nossa arma contra a solidão real. Por meios eletrônicos, cartas antiquadas, métodos esquecidos de telepatia ou fumaça, valia tudo para recriar o clima de bares e praças que sonhávamos frequentar. As mensagens foram o que sobrara, mas ansiávamos mesmo o olho no olho, o cara a cara, o abraço apertado que conforta e que dispara o coração para as aventuras do amar.
Mensagens sempre existiram e para sempre existirão, como um fio de esperança que procura a sua mão. Do lado, lado a lado, rosto colado, levando para sempre o recado: Ouça, leia, sinta na alma, nos olhos e na veia o que sussurra ou grita a mensagem. Nela pode estar a chance, o que falta de coragem para reconstruir o amor
MENSAGENS ATEMPORAIS - CAPA COMUM
João Ângelo Siqueira