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Anelito de Oliveira preferiu definir como desunião a reunião de 35 anos de contínua atividade poética. Na diversidade de sua produção, existem, contudo, fios condutores. Um deles é a desforra, que dá o título a este volume: escrever como uma reparação, um acerto de contas, para afrontar, para enfrentar o inimigo (..)
Poesia sobre o não lugar, o vazio, o deserto, a margem, o limite, o estranhamento, o longe, o nada, o não saber, o silêncio, o esquecimento, a perda, a falta, a ausência, a impossibilidade de ser e a errância.  A “viagem/ Não tem outro objeto/ Senão a sensação de/ Não ter partido, ”. Viagem do nada ao nada. Num mundo cruel, não há lugar para o justo e verdadeiro, que, se fala, “é para não dizer”, diz para não ser ouvido e põe “óculos,/ talvez, para não ver.” O passado é paisagem cinzenta ou incendiada. O futuro, inalcançável: “não separo/ totalidade e desespero.”

João Almino
Romancista Membro da Academia Brasileira de Letras

DESFORRA - POESIA DESUNIDA 1988 - 2023

R$130,00Preço
  • Anelito de Oliveira

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